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Mulher empreendedora | A arte de viver


Suas crescentes conquistas e responsabilidades no mercado de trabalho.

Especial 8 de março

Mãe, irmã, filha, amiga, esposa, profissional, empresária... Estes são alguns dos muitos papéis que uma mulher é capaz de interpretar em um único dia, sempre em busca da tão sonhada perfeição. Mas será que esta idealização existe? Será que a mulher moderna é feliz com este novo conceito de vida? Muitos destes exemplos de realização profissional estão espalhados no nosso cotidiano, desde a faxineira que trabalha há anos no mesmo prédio à empresária de sucesso de uma grande corporação. Mas o que estas mulheres tão diferentes têm em comum? A resposta é: o empreendedorismo.

Empreendedorismo não somente no sentido “empresarial” da palavra, voltado a grandes feitos. Mas, inclusive, no ato de empreender, de atuar, de se empenhar até nas pequenas coisas da vida. Este é o caso da faxineira Ana Cristina de Oliveira, mais conhecida como Donana. Ela trabalha há 15 anos no mesmo prédio e diz que não falta um único dia. Além de ajudar o marido a conquistar a casa própria da família, Donana diz que conquistou amigos no emprego. “Às vezes, meu marido diz que gosto tanto de trabalhar, que ele acha que eu vou morar aqui”, conta aos risos. Donana aplica o empreendedorismo na profissão desde pequena, quando tinha 14 anos de idade.

Cedo também iniciou a carreira a hoje empresária Marlene Tobaldini. Aos 16 anos conseguiu um emprego como secretária, em um escritório de contabilidade. O aprendizado foi grande e rápido, que logo Marlene conseguiu um emprego em uma metalúrgica e precisou lidar com peças, máquinas e homens na linha de produção. Sempre bonita, chamava a atenção pela beleza e pela criatividade ao empreender grandes feitos - considerados principalmente por aqueles que se alimentavam diariamente sentados no chão. “Briguei pela implantação de um refeitório na empresa. Acredito que o melhor investimento é sempre nos funcionários”, afirma.

Algum tempo depois, ela foi trabalhar em uma grande empresa do setor sucroalcooleiro. E foi lá que Marlene diz ter aprendido uma das grandes lições de sua vida. “Nas crises é que se aprende”, diz com convicção. Para ela, o profissional segue o mesmo rumo que a vida, “pois em uma empresa só se aprende com as dificuldades”. Marlene, apesar de nunca ter assumido um cargo de direção, aprendeu “na marra” como agir. “Não sei se pelo meu jeito de ser, pela falta de gente para ajudar, ou por qualquer outro motivo, me envolvi em muitos problemas. O objetivo era a busca da solução rápida”, lembra.

Foram justamente as ações arrojadas desta mulher que a transformaram em empreendedora de sucesso. Marlene sempre quis abrir um negócio próprio e, após algumas consultas, descobriu uma oportunidade em 2006. “A criação de uma nova lei obrigou algumas empresas a possuir uniformes dos funcionários lavados em lavanderia especializada e impedindo sua utilização fora do local de trabalho”, diz. Ela aproveitou o momento e montou uma lavanderia industrial, com parte da mão-de-obra realizada por presidiários. “A vida é um eterno aprendizado.”

No poder

Angela Merkel foi nomeada a primeira chanceler da Alemanha. Ellen Johnson Sirleaf foi eleita presidente da Libéria e também a primeira a assumir o poder em um país do continente africano. Michelle Bachelet foi eleita a primeira presidente do Chile e Cristina Kirchner da Argentina. Exemplos como estes surgiram neste século e tendem a ser uma realidade no futuro. No Brasil, a senadora Heloísa Helena foi candidata a presidente em 2006, ficando em terceiro lugar no primeiro turno. Hoje ela é Presidente Nacional de seu partido. Dilma Rousseff, foi eleita a primeira presidente do Brasil.

Marlenes, Anas, Flávias e muitas outras mulheres têm participado cada vez mais ativamente no mercado de trabalho. É o que comprova uma pesquisa do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), de 2007, sobre a participação da mulher nos pequenos negócios, no Estado de São Paulo. Mesmo não sendo maioria, elas ocupam fatias expressivas nos mercados formal (34%) e informal (46%). Outro estudo, realizado entre um instituto norte-americano e o SEBRAE, aponta que, no Brasil, existem cerca de sete milhões de mulheres empreendedoras. Mais do que números, as mulheres são capazes de modificar uma simples ação em empreendimento. A vida é o maior de todos eles.

Brasileiras estão entre as dez mais empreendedoras do mundo

As mulheres brasileiras ocupam lugar de destaque no mundo dos negócios. Segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o empreendedorismo feminino do Brasil é o décimo mais atuante no mundo, com taxa de 9,61% das entrevistadas, o que representa cerca de 5,5 milhões de mulheres empreendedoras em estágio inicial.

Estão à frente do Brasil o Peru (39,27%), Filipinas (22,45), Indonésia (18,73%), Jamaica (18,14%), Colômbia (17,30), Tailândia (14,18%), China (13,79%), Malásia (11,13%) e Austrália (9,87%). As brasileiras desbancaram países como França (2,53%), Suécia (2,43%), Eslovênia (2,29%), Bélgica (1,04%) e Emirados Árabes (0,29%).